Reorganize com Priscila Sabóia, Personal Organizer — Formação de personal organizers

Não é só uma sapatilha

Sabe essa sapatilha da foto? Não é só uma sapatilha de bailarina…💃

Toda vez que entramos na casa de alguém como Personal Organizers, não é só pra organizar.
Entramos de corpo e alma e levamos em consideraç!ao cada detalhe da vida da pessoa. .
Antes de lidar com uma casa, com a vida de uma família, estamos lidando com seres humanos. De carne e osso. Igualzinho a gente. .
Você gostaria que alguém entrasse na sua casa e não respeitasse as suas coisas? Suas lembranças e seus pertences? Pois é, a Personal Organizer, antes de tudo entra numa casa pra ajudar com suas habilidades de organização. Mas como eu sempre digo, por trás de toda bagunça tem sempre uma história, então precisamos primeiro entender a história. Não basta sair colocando aqui ou acolá, usando técnicas de organização.

Nosso trabalho não é feito de maneira engessada, onde entramos numa casa e repetimos o padrão (cabides iguais, roupas dobradas com gabarito, tudo separado por cor, etc…). Isso é só uma parte do trabalho. Essa é a parte bonita! 😍

Por trás disso tudo há algo muito maior. Há algo invisível pra alguns, algo que eu sempre gostei de ver. A alma das pessoas, dos objetos e das casas.
Por trás de uma sapatilha de balé jogada no fundo da caixa de mudança tem muito mais…

Tem uma menina de 12 anos que gostaria de voltar a dançar balé. Sabe por quê? Porque quando ela dançava balé, a irmã pequena ainda não era nascida. E nessa época a mãe era “só dela”…
A mãe frequentava todas as aulas de balé da filha e sempre tomava sorvete com ela depois da aula.
Pouco tempo depois veio a irmã caçula.
Veio a mudança de bairro;
Veio uma nova atividade extra curricular;
Veio mais uma babá pra cuidar dela…

E a sapatilha? Essa ficou pra trás, escondida no fundo do armário…
Tá tudo bem. Essas coisas acontecem. Mas na correria, isso acaba passando batido.

Precisamos estar atentos aos fatos, muito mais do que à bagunça. Se ela voltou a fazer balé, eu não sei te dizer, mas algumas reflexões foram feitas depois que a gente mexeu nas lembranças guardadas na caixinha…

A gente precisa entender que até mesmo a bagunça é resultado de algo que a gente não tem ideia. É fácil olhar para uma casa bagunçada e rapidamente chegar a conclusão de que as pessoas que vivem ali são desleixadas ou preguiçosas…

Mas se a gente parar pra conversar, pra ouvir, enxergaremos ALÉM… Os fatos mostrarão que a Bagunça se instalou depois de uma doença do filho, ou é consequência de um luto, ou talvez as pessoas que moram nessa casa desconhecem outra forma de viver.

A Personal Organizer que entende isso, que tem sensibilidade para conduzir o processo de organização na casa de um cliente, vai entregar ao final do trabalho, não apenas um cômodo organizado, ou uma casa super organizada com sistemas super, hiper, mega, power eficientes, mas um RECOMEÇO.

E quem não quer a chance de recomeçar, de tentar mais uma vez? Seja no ballé (sonho daquela menina de 12 anos), seja na maneira que a gente conduz a nossa vida, a nossa rotina, o relacionamento com a nossa família…

Enfim, fica aqui esse post que não é uma dica de organização, mas um convite à reflexão. Uma reflexão mais profunda sobre as histórias que estão por trás das coisas…