Reorganize com Priscila Sabóia, Personal Organizer — Formação de personal organizers

7 Pilares para a Personal Organizer ajudar e atender a sua própria família

A página em branco, os primeiros movimentos de dança, os primeiros quilômetros dirigidos.

Começar é o maior desafio para qualquer decisão ou ação.

Por isso, eu sempre digo que quando se trata de organização, o melhor é sempre começarmos pelo mais difícil. Depois, o que está por vir fica bem mais fácil…

E eu tenho certeza que o maior desafio de muitas mulheres é o de engajar a família de forma a colaborar pra que a organização da casa se mantenha. 

Separe uns minutinhos pra você e leia esses meus conselhos preciosos… São 7 pilares que sustentam essa relação de engajamento da sua família na organização. Leia e respire fundo. Você será a líder da transformação na sua casa!

 

Compreensão

Antes que a sua casa se transforme num verdadeiro reality show, tipo Big Brother, em que os nervos estão à flor da pele por causa da convivência excessiva e que qualquer copo fora da “casinha” vira pretexto para uma desavença, (ou um verdadeiro barraco mesmo haha) você vai precisar compreender algumas causas.

Assim como na casa de um cliente, o seu primeiro passo como Personal Organizer da sua casa é identificar os problemas, a rotina da casa e dos que ali vivem. 

Tente se desvencilhar dos julgamentos, dos conceitos já tão definidos de como as coisas funcionam na sua casa e de como é a personalidade do seu filho, do seu marido, e até da sua funcionária. É difícil deixar tudo isso de lado depois de tantos anos, talvez uma vida toda de convivência, né? Mas essa nova atitude compreensiva é capaz de mudar todo o cenário daqui em diante, acredite!

Tempo Ao Tempo

Ninguém consegue lidar com uma enxurrada de novas informações de uma vez, e cada um reage de uma forma diferente a isso. Alguns podem ficar angustiados e sufocados, se sentindo responsáveis em lidar com tudo isso de uma vez. Outros podem se chatear, se sentindo incapazes e impotentes.

Por isso, se for preciso, estabeleça prazos acordados em conjunto. Converse com seu filho sobre prazos para cada gaveta dele, por exemplo. Essa clareza trará alívio e uma sensação de amplitude.

Sutileza

Diferentemente do que muitos pensam, dá pra ser firme e ainda assim ser sutil. Existe, por exemplo, um processo conhecido como “Comunicação Não-Violenta”.

Não estou dizendo que até agora você foi violenta, ok? Hahaha Mas esse tipo de comunicação busca pacificação de, vamos dizer, pequenas guerras cotidianas, por meio de uma expressão menos impulsiva.

Pense: qual o seu maior objetivo como Personal Organizer da sua casa? Manter a bagunça longe dela, certo? E não é simplesmente demandando e ordenando que você conseguirá isso. Se você espera consideração, empatia e compaixão dos seus familiares por todo o trabalho que está tentando realizar no lar de vocês, é isso o que você deve emanar em suas palavras.

Ao invés de dizer “filho, você SEMPRE deixa seus brinquedos espalhados pelo chão” a melhor maneira seria “filho, colocamos aqueles caixotes para seus brinquedos não ficarem espalhados aqui no chão e não colocar a nossa segurança em risco, porque podemos tropeçar e pisar em alguma peça pontiaguda. E se você guardá-los, eu vou sentir que você valoriza os presentes que eu te dou e fico muito mais feliz”.

Qual criança não quer ver a mãe mais feliz e com mais tempo disponível?

É uma mudança de abordagem sutil e muito mais benéfica pra todos!

Acordos & Recompensas

Outra maneira de solicitar a colaboração é entrando em acordos e, novamente, não cobrando. Fazer pequenos acordos funcionam muito bem, principalmente quando se trata das crianças, que aderem com maior facilidade esse tipo de troca.

Um bom método é o de pequenas recompensas simples. Um passeio no parque com as crianças depois de uma semana de tarefas completas, um filminho com o maridão e por aí vai!

Mas… cuidado! Ao se tornar a mediadora dessas recompensas, é necessário que você deixe claro que o membro da família não está colaborando apenas com você porque as tarefas são suas. E nada disso: elas são da casa!

Ação

Para colocar as rotinas em ação, avalie qual a melhor estratégia para sua família. Um quadro lúdico pode ajudar a visualizar tudo o que foi feito e poupa certas cobranças. Coloque o horário de início das tarefas e o nome de cada responsável por ela, de acordo com a faixa etária e entre novamente em acordos com que cada um terá de fazer. É bem aquele estilo de tarefas que a gente vê em programas de TV, sabe?

Você pode começar com isso como uma maneira de estabelecer essas tarefas até isso se incorporar na rotina da família.

Disponibilidade

Assim como em uma organização profissional, mostre-se disponível para auxiliar na manutenção. Não basta exigir que a ordem se mantenha, se a gente não se disponibiliza para ensinar, certo?

Então coloque-se disponível para fazer sugestões do que pode ser melhorado, otimizado e até mesmo a ensinar, sem necessariamente se colocar como alguém superior, mas alguém que tem uma técnica que pode ser útil. Afinal, sua família sabe da sua formação e é importante que eles entendam que você quer repassar esse conhecimento adiante para o bem-estar de todos.

Realização, e não perfeição

Seus filhos fizeram uma dobra e não ficou tão bom assim? O maridão confundiu o lugar da louça na hora de guardar? Tolere e reconheça as pequenas evoluções, incentive, elogie. Eu sempre vou defender essa máxima: feito é melhor que perfeito!

Aceite o fato de que talvez nem tudo seja feito exatamente como você faria. Mas deixe o perfeccionismo de lado, abrace as mudanças positivas que estão por vir e relaxe!

 

Entendo muito bem a dificuldade de ter a missão de organizar a casa e a família mas sem ser taxada como chata!

Tudo se resume a isso: em trabalhar sua didática e sutileza na maneira de ensinar e a tolerância para esperar a colheita dos frutos da organização. Sucesso pra você!